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Tão importante quanto redigir um bom contrato é administrá-lo. De nada vale estabelecer, em detalhes, as vontades, condições, obrigações, atribuições e responsabilidades das partes contratantes se na execução do objeto contratual não houver uma gestão criteriosa, contínua e próxima dos gestores dessa relação contratual. Quando o gerenciamento de um contrato é deficiente, nem a melhor redação é capaz de evitar disputas entre os contratantes e o conflito se torna inevitável.
Como todos sabem, recorrer ao Poder Judiciário nem sempre será o melhor caminho na tentativa de se resolver um conflito contratual, em especial pela demora, embora, bom que se diga, já exista um avanço no longo caminho de reduzi-la. A arbitragem, teoricamente mais rápida que a Justiça convencional, ainda é muito custosa. Já escrevemos bastante sobre esses assuntos neste espaço. A mediação e a conciliação, duas outras formas de resolução de conflitos, contribuem sim para a “desjudicialização” clássica, mas ainda possuem alguns resquícios burocráticos que as impedem de cair no “gosto popular”. É neste cenário que os dispute boards vem ganhando espaço como uma excelente alternativa na solução dos conflitos surgidos durante uma relação contratual.
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