O poder (necessidade) de se reinventar
A célebre frase “nada se cria, tudo se transforma”, originalmente atribuída à Lavoisier, foi adaptada em terras tupiniquins por Chacrinha e difundida em nosso país como “nada se cria, tudo se copia”.
Ora, é inegável que nosso país durante muitos anos foi associado ao estigma pejorativo do “jeitinho brasileiro”, mas, ao mesmo tempo, é igualmente inegável que após sucessivas crises políticas, econômicas e, mais recentemente, em virtude das consequências causadas pela pandemia de ordem mundial, que nós brasileiros somos especialistas em se reinventar em nome da sobrevivência.
Em outras palavras, a criatividade é de fato uma virtude que facilmente encontramos no dia a dia.
Seja através da criação, da transformação, da adaptação ou da implementação de modelos de negócios que já deram certo em outros países, o empresariado brasileiro vem demonstrando, mais uma vez, que tem um poder inato de se reinventar em meio às crises.
Os profissionais liberais, empresas familiares, companhias abertas ou, ainda, startups tiveram, em virtude da pandemia, que buscar alternativas, ajustes e infelizmente nem todos conseguiram sobreviver a um cenário ainda mais voraz que de costume.
De qualquer maneira, especificamente quanto às startups, é importante destacar que em 2020, de acordo com a ABSTARTUPS (Associação Brasileira de Startups), o Brasil passou a contar com 12.700 startups, número que representa praticamente o triplo do que havia sido computado em 2015, sendo que atualmente 16 startups brasileiras já alcançaram valor mínimo de mercado de um bilhão de dólares, as chamadas unicórnios.
Tais dados confirmam que a criatividade no âmbito empresarial tem cada vez mais sido monetizada e criado negócios bilionários a partir de ideias inicialmente simples.
A receita para o sucesso dessas empresas, assim como o sucesso das empresas que conseguiram se reinventar durante a crise, a despeito das especificidades de cada história ou negócio, está vinculada a algumas máximas: eficiência na gestão (de pessoas e de custo), estruturas enxutas e corpo técnico de excelência.
Quanto ao que nos cabe como advogados, excelência técnica, é importante destacar que, seja para a estruturação de um novo negócio que potencialmente incorporará a lista dos unicórnios, seja para reestruturar um negócio já sólido em nome da sobrevivência, é indispensável que o corpo jurídico vinculado ao projeto seja multidisciplinar e consiga visualizar o negócio como um todo, mapeando riscos e antecipando soluções que viabilize o negócio.
Assim, é inquestionável que a criatividade se tornou, mais do que nunca, um ativo de máxima importância para profissionais e empresas das mais diversas áreas. Crie, inove, reinvente, mas, lembre-se: fazer isso com o apoio de profissionais que conseguem acompanhar o dinamismo exigido sem deixar de lado a excelência técnica fará com que a jornada seja muito mais eficaz, potencializando o sucesso.